Você já ouviu falar sobre ATM? Esse termo é usado para se referir à articulação temporomandibular, localizada próxima ao ouvido (região onde a mandíbula se encaixa no crânio). A ATM é fundamental nos movimentos da mandíbula e auxilia diretamente nas ações de mastigação, fala e bocejo. A disfunção que prejudica o funcionamento adequado dessa articulação é chamada de DTM e abrange um grupo de condições músculo-esqueléticas e neuromusculares que envolvem a ATM, os músculos mastigatórios e todos os tecidos associados, encarregados do movimento coordenado e harmônico da articulação da mandíbula.
A etiologia da DTM é multifatorial e apresenta interação complexa entre fatores ambientais, emocionais, comportamentais e físicos, inclusive sobrecarga (para funções como cerrar os dentes enquanto acordado e bruxismo durante o sono). Além disso, (micro) trauma e liberação de mediadores inflamatórios e neuropeptídeos nos músculos também podem sensibilizar o sistema nervoso. Somado aos mecanismos alterados de regulação da dor, tais fatores podem levar à dor muscular localizada ou generalizada. Artigos recentes destacaram os efeitos culturais e genéticos de dor persistente da ATM.
O sintoma mais comum deste tipo de desordem é a dor, geralmente localizada nos músculos da mastigação, na região pré-auricular e na articulação temporomandibular, sendo agravada pela mastigação ou por outra função mandibular. Além de dor, os pacientes frequentemente têm o movimento da mandíbula limitado e ruídos articulares (cliques, estalos ou crepitação).
A dor facial relativa à DTM já foi relatada em aproximadamente 13% da população em geral, mas somente algumas pessoas buscam tratamento (cerca de 7%). Os sinais e sintomas atingem o pico entre os 20 e 40 anos de idade.
O tratamento a ser indicado está diretamente relacionado ao diagnóstico estabelecido. É importante ressaltar que deve-se priorizar por modalidades de tratamento reversíveis e que estejam fundamentadas com as evidências científicas atuais. Dentre as principais abordagens terapêuticas a serem destacadas, pode-se citar:
- Educação e cuidado do paciente;
- Emprego de Dispositivos Intra-orais
- Fisioterapia e programas de auto-regulação física;
- Medicamentos supervisionados por profissional especializado
- Suporte psicológico (terapia cognitivo-comportamental e relaxamento).
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