sábado, 22 de março de 2014

Proteína animal e cafeína podem ser "ladrões" de cálcio

O cálcio é um mineral encontrado principalmente no leite e em seus derivados.

Ele é essencial para a boa saúde dos ossos e dos dentes e a falta dele no cardápio pode causar uma série doenças.

http://goo.gl/0Djt9h

Mas o cálcio não interfere apenas na massa óssea. Ele atua também em outras funções do corpo humano, como contrações musculares e estruturas celulares.

- Cálcio é mais importante para o coração do que se pensava

"Até os 30 anos de idade, a gente constrói toda a massa óssea que leva para o resto da vida. É nesse período que o corpo absorve e acumula todo o cálcio que é ingerido. Não ingerir a quantidade recomendada predispõe ao surgimento de doenças ligadas à saúde óssea, como osteoporose, osteopenia e fraturas recorrentes nos idosos, entre outras comorbidades", explica o nutricionista Felipe Rizzeto.

A menopausa também é um período de maior perda óssea por conta da diminuição na produção do hormônio estrógeno; deste modo a oferta adequada de cálcio nesse período é fundamental para a manutenção do conteúdo mineral ósseo.

Ingestão recomendada de cálcio

A recomendação, segundo os estudos mais recentes, é de que até os 18 anos o consumo de cálcio varie de 700mg a 1.300mg por dia.

A partir dos 19 anos, o indicado é que se consuma de 1.000mg a 1.200mg diariamente.

"Para as gestantes, recomenda-se uma ingestão maior desse mineral por conta da formação do feto e também da fase de amamentação," alerta o nutricionista.

Absorção do cálcio

É importante lembrar que alguns alimentos dificultam a absorção do cálcio e aumentam a sua excreção pela urina, tais como proteína animal, cafeína e comidas ricas em carboidratos simples, como açúcares e farinha de trigo.

Outro risco é uma dieta rica em sal, que também descarta o cálcio do corpo.

Em contrapartida, alguns alimentos podem facilitar a absorção desse mineral no organismo.

"A principal delas é a vitamina D, que apesar do nome foi promovida à condição de hormônio há alguns anos. Ela participa ativamente do metabolismo do cálcio," explica o nutricionista.

Assim, para manter o corpo abastecido com vitamina D é importante tomar sol, já que estudos comprovam que suplementos de cálcio e vitamina D podem piorar a situação, em vez de melhorar.

Suplemento de cálcio quase dobra risco de ataque cardíaco

Há ainda o magnésio que é um nutriente importante neste caso, e pode ser encontrado em frutas e verduras.
Foto: Proteína animal e cafeína podem ser "ladrões" de cálcio

O cálcio é um mineral encontrado principalmente no leite e em seus derivados.

Ele é essencial para a boa saúde dos ossos e dos dentes e a falta dele no cardápio pode causar uma série doenças.

http://goo.gl/0Djt9h

Mas o cálcio não interfere apenas na massa óssea. Ele atua também em outras funções do corpo humano, como contrações musculares e estruturas celulares.

- Cálcio é mais importante para o coração do que se pensava

"Até os 30 anos de idade, a gente constrói toda a massa óssea que leva para o resto da vida. É nesse período que o corpo absorve e acumula todo o cálcio que é ingerido. Não ingerir a quantidade recomendada predispõe ao surgimento de doenças ligadas à saúde óssea, como osteoporose, osteopenia e fraturas recorrentes nos idosos, entre outras comorbidades", explica o nutricionista Felipe Rizzeto.

A menopausa também é um período de maior perda óssea por conta da diminuição na produção do hormônio estrógeno; deste modo a oferta adequada de cálcio nesse período é fundamental para a manutenção do conteúdo mineral ósseo.

Ingestão recomendada de cálcio

A recomendação, segundo os estudos mais recentes, é de que até os 18 anos o consumo de cálcio varie de 700mg a 1.300mg por dia.

A partir dos 19 anos, o indicado é que se consuma de 1.000mg a 1.200mg diariamente.

"Para as gestantes, recomenda-se uma ingestão maior desse mineral por conta da formação do feto e também da fase de amamentação," alerta o nutricionista.

Absorção do cálcio

É importante lembrar que alguns alimentos dificultam a absorção do cálcio e aumentam a sua excreção pela urina, tais como proteína animal, cafeína e comidas ricas em carboidratos simples, como açúcares e farinha de trigo.

Outro risco é uma dieta rica em sal, que também descarta o cálcio do corpo.

Em contrapartida, alguns alimentos podem facilitar a absorção desse mineral no organismo.

"A principal delas é a vitamina D, que apesar do nome foi promovida à condição de hormônio há alguns anos. Ela participa ativamente do metabolismo do cálcio," explica o nutricionista.

Assim, para manter o corpo abastecido com vitamina D é importante tomar sol, já que estudos comprovam que suplementos de cálcio e vitamina D podem piorar a situação, em vez de melhorar.

    Suplemento de cálcio quase dobra risco de ataque cardíaco

Há ainda o magnésio que é um nutriente importante neste caso, e pode ser encontrado em frutas e verduras.

Infarto em mulheres pode ser confundido com ansiedade

Segundo pesquisadores, nos hospitais, homens são submetidos a eletrocardiogramas e desfibrilação com mais frequência e rapidez do que as mulheres

Mulheres costumam recorrer com mais frequência do que homens ao serviço de emergência com dor torácica de origem não cardíaca

As mulheres correm mais risco do que os homens de morrer de ataque cardíaco devido a um diagnóstico mal feito que atribua seu mal-estar a um ataque de ansiedade, diz um estudo divulgado nesta segunda-feira no Canadá.

Cientistas da Universidade de McGill pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração. Eles interrogaram 1 123 pacientes de 18 a 55 anos hospitalizados em 24 instituições do Canadá, dos Estados Unidos e da Suíça. Os pacientes, todos com síndrome coronariana aguda, responderam o questionário nas 24 horas posteriores à entrada no centro médico. Ao analisar os dados das mulheres, os cientistas detectaram maior risco de sofrer de diabetes, hipertensão, depressão e ansiedade do que neles, além de mais casos de doenças cardíacas na família.

Os pesquisadores, cujos estudos são publicados na revista da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, os homens eram submetidos a eletrocardiogramas e desfibrilação com mais frequência e rapidez do que as mulheres. Eles explicam a diferença de tratamento pelo fato de que as mulheres, mais do que os homens, costumam recorrer ao serviço de emergência com dor torácica de origem não cardíaca. Além disso, "a prevalência da síndrome coronariana aguda é menor entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens", disse a principal pesquisadora do estudo, Louise Pilote.

Estes resultados, explicou, sugerem que a equipe médica tem mais probabilidade de confundir um evento cardíaco nas mulheres com sintomas de ansiedade.

Fontanelas (Moleiras)

A principal função da fontanela é permitir o crescimento do cérebro após o nascimento do bebê. Durante o primeiro ano de vida, o tecido nervoso é o tecido do corpo que mais cresce e, para isso, necessita de espaço disponível.

Além disso, a fontanela tem a função de facilitar na hora do parto (parto normal). Os ossos do crânio, por não estarem unidos, se acomodam de forma a facilitar a passagem da cabeça do bebê pela vagina.

A fontanela fecha-se até o 18º mês de vida da criança, a partir da união dos ossos do crânio, quando o cérebro já alcançou metade do tamanho que terá na fase adulta.

Fonte: Livro de Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini 2ª Edição.

#Alt

DOENÇA DE HUNTINGTON: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ALZHEIMER E PARKINSON

Uma simples mutação genética, transmitida dos pais para os filhos, faz com que a pessoa tenha movimentos involuntários em todo o corpo, como se fossem tiques nervosos, alteração da fala e, em casos mais graves, dificuldade para mastigar e engolir alimentos. Alguns indivíduos também sofrem perdas cognitivas, problemas de memória e alterações na personalidade.

Muito confundida com problemas neurológicos, como o mal de Parkinson e o de Alzheimer, a doença de Huntington é extremamente rara, afetando de três a sete pessoas a cada 100 mil. Descrito pela primeira vez pelo médico norte-americano George Huntington, em 1872, o distúrbio é incurável e não há tratamentos específicos para retardar seu avanço.

Reportagem completa:http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/03/06/interna_tecnologia,281728/descoberta-forma-de-minimizar-modificacoes-em-gene-que-causa-a-doenca-de-huntington.shtml
Foto: DOENÇA DE HUNTINGTON: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ALZHEIMER E PARKINSON

Uma simples mutação genética, transmitida dos pais para os filhos, faz com que a pessoa tenha movimentos involuntários em todo o corpo, como se fossem tiques nervosos, alteração da fala e, em casos mais graves, dificuldade para mastigar e engolir alimentos. Alguns indivíduos também sofrem perdas cognitivas, problemas de memória e alterações na personalidade.

Muito confundida com problemas neurológicos, como o mal de Parkinson e o de Alzheimer, a doença de Huntington é extremamente rara, afetando de três a sete pessoas a cada 100 mil. Descrito pela primeira vez pelo médico norte-americano George Huntington, em 1872, o distúrbio é incurável e não há tratamentos específicos para retardar seu avanço. 

Reportagem completa: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/03/06/interna_tecnologia,281728/descoberta-forma-de-minimizar-modificacoes-em-gene-que-causa-a-doenca-de-huntington.shtml

Imagem ampliada: http://imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2012/03/06/281728/20120306094428852549i.jpg

Diabetes gestacional pode aumentar risco de doença cardíaca na meia-idade

Em um estudo de vinte anos, cientistas descobriram que a condição é um fator de risco para aterosclerose, moléstia que pode causar infarto e AVC
Grávida

Gestantes diagnosticadas com diabetes podem ter maior risco de desenvolver doenças cardíacas na meia-idade, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico Journal of the American Heart Association.

O diabetes gestacional, que se manifesta durante a gravidez e normalmente some depois do parto, eleva o risco de a mãe desenvolver diabetes no futuro. Durante a gestação, a condição é tratada com dieta, atividade física e, às vezes, insulina e outros medicamentos.
Saiba mais

DIABETES GESTACIONAL
O diabetes gestacional é um distúrbio que acomete de 1% a 3% das grávidas, ocorrendo com mais frequência em mulheres obesas. A maioria das grávidas com diabetes gestacional desenvolve a doença por não conseguir produzir insulina suficiente para regular sua taxa de glicose. O problema pode levar a complicações ao recém-nascido, como icterícia, hipoglicemia e problemas respiratórios. O diabetes gestacional pode levar ainda à hipertensão e à perda de proteínas pela urina durante a gestação. Após o parto, a condição costuma desaparecer. Com o passar dos anos, no entanto, grande parte das mulheres que tiveram diabetes gestacional acabam desenvolvendo diabetes tipo 2.

Em um estudo de vinte anos, pesquisadores descobriram que um histórico de diabetes gestacional pode ser, isoladamente, um fator de risco para aterosclerose — doença que se caracteriza pelo entupimento dos vasos sanguíneos e pode causar infarto e AVC — na meia-idade, antes do aparecimento de diabetes e de doenças metabólicas.

"A gravidez não tem recebido a devida atenção como um período da vida que pode sinalizar um maior risco de doenças cardíacas no futuro", diz Erica P. Gunderson, autora do estudo e pesquisadora do instituto de saúde Kaiser Permanente, nos Estados Unidos. "Esse sinal é o diabetes gestacional, uma condição que eleva o açúcar no sangue durante a gravidez."


No início do estudo, os cientistas mediram os fatores de risco para doenças cardíacas em 898 mulheres de 18 a 30 anos, que mais tarde engravidaram uma ou duas vezes. Ao longo de vinte anos, repetiram os exames. Um deles, realizado em média doze anos depois da gravidez, em mulheres de 38 a 50 anos, avaliava a espessura da parede da artéria carótida, relacionada ao risco de ataque cardíaco e AVC.

Das participantes, 119, ou 13%, desenvolveram diabetes gestacional. Os cientistas descobriram que a espessura da camada íntima-média da artéria carótida era 0.023 milímetro maior nas voluntárias que manifestaram diabetes gestacional do que naquelas que não sofreram o problema. "Essa descoberta indica que um histórico de diabetes gestacional pode influenciar o desenvolvimento de aterosclerose antes do desenvolvimento de diabetes e doenças metabólicas.", afirma Erica.

quarta-feira, 19 de março de 2014

DOR LOMBAR


Sinônimos:
lombalgia, doença postural da coluna vertebral
Oitenta por cento dos seres humanos sentem dor lombar (lombalgia) em algum momento de suas vidas. Uma proporção menor tem dor cervical (pescoço) e na nuca, sendo que outros sentem dorsalgia. A maioria destas pessoas pode manter suas atividades habituais, mas as cumprirão com períodos de desconforto ou dor. Cerca de 30% desse grupo faltará ao trabalho devido à lombalgia.
Quais as causas de lombalgia?
Na grande maioria das vezes, a dor se relaciona com problemas mecânicos da coluna vertebral, isto é, com defeitos na sua função. O tratamento principal é normalizar a função, isso podendo ser obtido com exercícios e outros cuidados posturais.
Outras causas são também freqüentes: 
 
osteoartrite (artrose) das articulações intervertebrais e
desestruturação do disco intervertebral (discopatia degenerativa.)
Menos encontradas: 
 
espondilolistese,
sacralização da apófise transversa da 5a vértebra lombar uni ou bilateral,
síndrome do músculo piriforme e
doenças das articulações sacro-ilíacas.
Este capítulo é dedicado à postura, porque prevenção ou correção de má postura previnem, melhoram ou corrigem a maioria dos problemas que levam a lombalgia.
O que é postura?
Postura é a posição do corpo.
Boa postura pode ser definida como o arranjo harmônico das partes constituintes do corpo, tanto em posição estática (parado) como em diferentes situações dinâmicas (movimento e força).
Quando se fala em coluna, postura é a coluna vertebral ereta estática (parado na posição de pé).
A posição ereta é obtida através dos tecidos moles da coluna vertebral: músculos, ligamentos e cápsulas articulares.
Boa postura é o resultado da capacidade que ligamentos, cápsulas e tônus muscular têm de suportar o corpo ereto, permitindo sua permanência em uma mesma posição por períodos prolongados sem desconforto. Uma postura aceitável também deve ser esteticamente apreciável.
Portanto, quando alguém cansa em uma fila de cinema, sente desconforto ou dor, se fica muito tempo assistindo TV, ou precisa sair cedo da cama no domingo porque dóem as costas, há sintomas de doença postural da coluna vertebral.
Desse modo, o exame postural é a avaliação da posição da coluna vertebral, das relações das suas curvaturas entre si e dos elementos envolvidos na sua harmonia ou desequilíbrio.
O exame postural é parte da avaliação física do aparelho locomotor e deve ser complementado pelo estudo cinético (movimentos) da coluna vertebral para adequada interpretação funcional das queixas ou achados eventualmente encontrados.
O que é a coluna vertebral? Como ela funciona?
A coluna vertebral é um conjunto de vértebras e discos sobrepostos.
Duas vértebras separadas por um disco intervertebral formam uma unidade.
O segmento anterior da unidade funcional está preparado para suportar peso, absorver choque e ter flexibilidade. No segmento posterior localizam-se as estruturas nervosas (medula e raízes nervosas) e um par de articulações que orientam os movimentos de cada unidade. Completam os constituintes da coluna ligamentos que têm função de sustentação e músculos.
A coluna vertebral estática
Vista de lado, a coluna vertebral tem quatro curvas fisiológicas: as lordoses cervical e lombar e as cifoses dorsal e sacra. Ela é sustentada pelo sacro, que se situa entre os ilíacos. A última vértebra lombar e a primeira vértebra sacra assumem um ângulo fisiológico que orienta a posição da coluna vertebral . O ângulo lombo-sacro é determinado pelo desenho de uma linha paralela à superfície superior do sacro dirigida a uma linha horizontal e mede ao redor de 30 graus. Ele depende da posição da pelve a qual, por sua vez, é equilibrada centralmente em um eixo transverso que se situa entre as articulações coxo-femurais (coxas com a bacia). Qualquer movimento rotatório da bacia modifica o ângulo lombo-sacro. A inclinação anterior (elevação da região anterior da bacia) o diminui e o movimento inverso, inclinação posterior, posiciona o sacro em direção horizontal, aumentando o ângulo lombo-sacro e a lordose lombar.
A posição da bacia se mantém por meio de controle ligamentar das articulações coxo-femurais. Em bipedestação, a extensão das articulações coxo-femurais é limitada à posição neutra pelos ligamentos ileopectíneos, que são espessamentos dos tecidos capsulares anteriores das articulações coxo-femurais. A pelve também é sustentada pelo tensor da fascia lata, que reforça a posição dos quadris e evita hiperextensão dos joelhos; essa fascia tem sua inserção proximal na crista ilíaca e distal no trato ileotibial na face lateral do joelho. A sustentação dos membros inferiores se faz, nos joelhos, por meio da cápsula articular posterior e ligamentos, não havendo necessidade de contração dos quadríceps. Há pequena contratura da musculatura da panturrilha dispendendo mínima energia. Pode-se observar, então, que a manutenção da postura ereta é essencialmente relacionada aos ligamentos com mínimo gasto de energia.
Vista de frente, a coluna vertebral normal não deve ter desvios laterais ou esses devem ser mínimos. Isso requer um sacro adequadamente alinhado, isso é, horizontalizado. O que determina a horizontalização do sacro é a igualdade de comprimentos dos membros inferiores. Assimetria de desenvolvimento da pelve também é causa de desvio do sacro, apesar de rara.
Em ambas situações, haverá diminuição da altura da bacia no lado afetado e o sacro ficará inclinado e, conseqüentemente, haverá uma atitude escoliótica (não é escoliose verdadeira) secundária com assimetria e sobrecarga nas articulações entre as vértebras. Se a escoliose não for corrigida, desenvolvem-se alterações estruturais nas facetas articulares e nos discos intervertebrais devido a sobrecarga assimétrica.
O desequilíbrio funcional da coluna vertebral
O equilíbrio da coluna vertebral deve ser mantido contra a gravidade, usando-se um mínimo de energia e provocando o menor desgaste possível. A fim de minimizar o consumo de energia, os músculos não participam de modo importante dessa função, cabendo aos ligamentos e cápsulas a principal ação de sustentação. Quando a tensão sobre os ligamentos excede limites fisiológicos ocorre contratura muscular isométrica reflexa (os músculos ficam contraídos sem movimentar-se) protegendo-os de mais alongamento.
A contratura muscular sustentada leva a fadiga e conseqüente incapacidade de proteção ao alongamento excessivo. Numa primeira fase de sobrecarga postural, os pacientes referem desconforto e fadiga, sendo a dor de partes moles um evento posterior.
São numerosos os fatores envolvidos no que se pode denominar doença postural da coluna vertebral.
Entretanto, quatro são predominantes na sua influência e freqüência: 
 
Hiperlordose lombar (lordose é a posição côncava; hiperlordose é excesso de concavidade).
Postura esteticamente normal, mas musculatura despreparada e/ou insuficiente flexibilidade dos tecidos moles
Anomalias estruturais congênitas ou adquiridas (neurológicas, musculares, esqueléticas, ligamentares).
Posturas adquiridas por mau hábito ou treinamento inadequado durante os anos de desenvolvimento.
1. Hiperlordose lombar
A grande maioria das pessoas com dor lombar estática possuem hiperlordose.
São exemplos de posturas hiperlordóticas transitórias que podem provocar dor: 
 
gravidez,
dormir de barriga para baixo em colchão mole,
usar calçados com saltos altos (projeta o corpo para frente e obriga a postura hiperlordótica para reequilibrá-lo)
sentar-se em cadeiras sem encosto adequado.
Nessas situações, desfazendo-se a lordose excessiva, a dor alivia ou desaparece.
Os mecanismos que levariam esses pacientes a sofrer dor poderiam ser entendidos por: 
 
As facetas articulares se aproximam e a compressão excessiva levaria a dor;
Os orifícios intervertebrais têm seu diâmetro diminuído e as raízes nervosas sensitivas que se dirigem aos músculos, articulações e ligamentos são comprimidas;
O disco faz protrusão posterior, pressionando o ligamento longitudinal posterior e irritando terminações nervosas.
Os estímulos transmitidos pelas fibras sensitivas iniciam uma reação reflexa que leva à contratura muscular excessiva a qual tem a intenção de proteger a unidade funcional comprometida. Porém, a contração muscular sustentada torna-se um novo local de dor e, complicando mais ainda, a contração intensa também comprime os tecidos injuriados, fechando um círculo vicioso dor-contratura-dor.
Esse modelo conceitual de dor lombar relacionada com hiperlordose tem sido aceito por mais de cem anos.
Entretanto, ocasionalmente, a patogênese da lombalgia seria a permanência em flexão lombar por tempo prolongado, como ocorre com o homem moderno que gasta a maior parte do tempo sentado. Nessa posição, os tecidos posteriores são alongados em excesso e permitem que o disco intervertebral seja empurrado para trás.
O tratamento, nesses casos, é promover exercícios que fortaleçam os músculos extensores, recriando a lordose anatômica.
Cabe ao médico determinar se os sintomas do paciente se devem a hiperextensão ou hiperflexão. Provocar a dor ao reproduzir a posição anormal esclarece a fisiopatogenia de cada situação em particular.
2. Doença postural relacionada com músculos fracos e/ou rigidez músculo-ligamentar
Uma situação muito freqüente como causa de lombalgia é coluna vertebral normal mas músculos abdominais fracos. São necessários músculos abdominais potentes para sustentar a pressão exercida pela cavidade abdominal e, também, equilibrar as forças dos músculos eretores da coluna; caso contrário, haverá tendência crescente em aumentar a lordose lombar.
Outra condição freqüente e importante (e muitas vezes não identificada) de lombalgia é a falta de flexibilidade dos músculos e ligamentos posteriores da coluna lombar, das coxas e das pernas.
A coluna lombar flexiona 45 graus. Para uma flexão adequada, os músculos eretores, suas fáscias e os ligamentos longitudinais devem ser suficientemente extensíveis.
Após os 45 graus de flexão da coluna lombar, o restante do movimento do tronco se faz através da flexão da pelve. A rotação anterior da pelve é feita ao redor das articulações coxo-femurais e é limitada pelo comprimento e grau de alongamento dos músculos posteriores das coxas e pernas.
Se os tecidos não têm ou não estão com flexibilidade suficiente, a tentativa de atingir a amplitude máxima provocará dor devido ao alongamento excessivo e, eventualmente, dano estrutural.
3. Anomalias estruturais congênitas ou adquiridas
Ao se avaliar a coluna vertebral ereta, devem ser procurados defeitos nos membros inferiores ou na própria coluna. Há várias causas de assimetria de comprimento de membros inferiores. Diferença de até 1 cm é considerada normal e só deve ser valorizada se não se encontrar nenhuma outra causa para dor ou desconforto interpretada como de origem postural.
Causas de encurtamento de membro inferior 
 
Hipoplasia congênita
Poliomielite
Pós-fratura
Genuvalgo ou varo assimétrico
Genurecurvatum assimétrico
Contratura assimétrica da panturrilha com pé eqüino
Dispraise de quadrilles
Coxartrose
4. Posturas adquiridas por mau hábito ou durante os anos de desenvolvimento
A influência dos padrões culturais, sociais, profissionais, hábitos, treinamento e psiquismo sobre a postura são importantes e muito numerosos, sendo, muitas vezes, difícil identificá-los. A associação de fatores, inclusive com os estruturais, complica mais ainda o problema.
Devem ser mencionados os gestos profissionais assumidos tanto na posição de pé como sentada, os diferentes modelos de assentos que provocam sobrecargas e alongamentos excessivos e os diferentes modos de sentar, inclusive no chão, influenciados por razões culturais incluindo as religiosas.
O psiquismo contribui de modo importante sobre a postura. A postura é a linguagem do corpo. Em parte, nós nos movemos e paramos como nos sentimos.
Os indivíduos deprimidos mantêm-se numa posição "caída", com o tronco curvado e os ombros projetados para a frente, assemelhando-se a uma pessoa muito cansada. Essa postura leva a estiramento anormal de ligamentos e dor, tornando-se muito fatigante, pois mantê-la leva à sobrecarga dos músculos extensores, adicionando um cansaço fisiológico à sensação psicológica preexistente.
Dor é uma sensação psicológica. Ela é sentida por alguém que posteriormente a descreverá, aí colocando sua reação à dor e sua interpretação do significado de seu sofrimento. Um observador experiente deve saber discernir entre o que podemos chamar de dor física e amplificação da dor que se observa em pacientes com severos distúrbios emocionais.
Também os indivíduos hipercinéticos, devido à agressividade, e os ansiosos, que se mantêm persistentemente tensos, demonstram seus sentimentos na postura.
Sua posição é de desequilíbrio, ficando o tronco anteriormente ao centro de gravidade e todos os músculos num constante estado de contração sustentada.
É comum encontrar meninas adolescentes com alta estatura que tentam diminuí-la curvando o dorso (dorso curvo da adolescente). Também podem modificar sua postura as adolescentes com seios volumosos e os de baixa estatura.
A prática de esportes durante os anos de desenvolvimento pode levar a assimetria corporal, como acontece em jogadores de basquete e tênis.
Também entre crianças e adolescentes os distúrbios psíquicos colaboram de modo importante para atitudes posturais inadequadas.
Todos os padrões de postura adquiridas no período de crescimento podem se perpetuar e tornarem-se problemas na fase adulta. Os tecidos desenvolvem-se de acordo com os estímulos ocorridos e podem terminar seu crescimento de modo defeituoso.

FIBROMIALGIA


O que é?
Fibromialgia caracteriza-se por dor muscular e tendinosa difusa crônica em pontos dolorosos de localização anatômica específica.
Quais os principais sintomas?
Os sintomas são dor generalizada ("dói tudo") e um ou mais dos seguintes: 
 
fadiga
sono superficial e não reparador (desperta mais cansado do que quando deitou à noite)
depressão psíquica
ansiedade
dor de cabeça (pode ser enxaqueca)
dormência de mãos e pés
dor abdominal com períodos de prisão de ventre intercalados com diarréia
Em nenhum momento haverá inflamação ou deformidade nas articulações e os movimentos não estão limitados.
Caracteristicamente, os portadores de fibromialgia têm os sintomas por anos sem modificações importantes. Os problemas são dor e fadiga.
Como se desenvolve?
A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos. Não há nenhuma evidência concreta de que possa ser transmitida nem se verifica maior prevalência em familiares.
Diminuição de serotonina e outros neurotransmissores provocam maior sensibilidade aos estímulos dolorosos e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados na fibromialgia.
Qual a melhor forma de tratamento?
No tratamento, devem ser usados analgésicos; não parece haver vantagem no uso de anti-inflamatórios ou cortisona em caráter permanente.
São drogas obrigatórias os antidepressivos tricíclicos (principalmente amitriptilina e ciclobenzaprina)que agem sobre a serotonina no cérebro e têm efeito analgésico no sistema nervoso central.
Condicionamento muscular orientado por conhecedores da doença e seu entendimento pelos pacientes são indispensáveis. Pacientes com manifestações psiquiátricas mais intensas devem ter atendimento especializado.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Há outra doença associada?
Qual a finalidade do tratamento?
O tratamento é esta receita somente ou devo repetí-la?
Há interferência com outros remédios que estou usando?
Quais os efeitos colaterias?
Problemas com obesidade?
Qual a importância de exercícios?
Que cuidados devo ter com meus hábitos diários, profissionais e de lazer?

SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL



SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL

Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.
A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.
A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.
O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.
Os sintomas mais comuns incluem:
Por ordem de freqüência: DESCONFORTO ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS. 
 
Irritabilidade (nervosismo),
Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva),
Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração)
Cefaléia (dor de cabeça),
Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas),
Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas),
Cansaço,
Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.
Deve ser realizado um controle objetivo do ciclo menstrual (através de um diário) pelo período mínimo de dois ciclos. Devem ser excluídos outros transtornos como hiper ou hipotireoidismo, perimenopausa, enxaqueca, fadiga crônica, síndrome do intestino irritável ou exacerbação pré-menstrual de doenças psiquátricas; depressão, que pode se intensificar nesse período (magnificação pré- menstrual).
História, exame físico cuidadoso, avaliação endócrina ginecológica quando o ciclo menstrual é irregular, perfil bioquímico, hemograma e TSH para excluir condições médicas que podem apresentar sintomas que simulem uma TPM. Importante fazer o diagnóstico diferencial com a condição psiquiátrica: distúbio disfórico pré-menstrual.
O tratamento medicamentoso inclui o manejo específico de cada sintoma e deve ser individualizado. A maioria dos tratamentos medicamentosos propostos não se mostraram mais eficazes do que tratamentos placebo (progesterona, espironolactona, óleo de prímula e vitaminas B6 e E, ingestão de cálcio e magnésio). A fluoxetina, foi a única droga que mostrou eficácia, entretanto foi aprovada pelo FDA apenas para PMDD (Forma mais severa de TPM, com prevalência dos sintomas de raiva, irritabilidade e tensão). Na Europa esta droga não é aprovada na Europa para uso nem mesmo em PMDD.
Medidas preventivas são igualmente importantes e incluem: 
 
orientação: explicar que a TPM não é grave e que os sintomas podem variar a cada ciclo,
modificações alimentares com diminuição da gordura, sal, açúcar e cafeína (café, chá, bebidas a base de colas),
fracionamento das refeições,
dieta com boas fontes de cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre), diminuição da ingestão de álcool,
parar de fumar,
fazer exercícios regulares (aeróbicos: 20 minutos 3 vezes por semana),
manejar o estresse.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O que eu sinto naqueles dias antes do período menstrual são "coisas da minha cabeça"?
Os sintomas desagradáveis que surgem antes da menstruação podem ser considerados uma doença?
Existe tratamento para a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual?
Qual o critério para determinar a gravidade da TPM?
Quando a TPM é caracterizada como desordem disfórica pré-menstrual?
Quando é necessário acompanhamento psiquiátrico para TPM?
Fazer exercícios físicos e de relaxamento ajudam no tratamento da TPM?
Quais os alimentos mais indicados para estes dias?
Deve usar vitaminas ou suplementos alimentares para ajudar na melhora dos sintomas?
Devo suspender o uso de álcool e cigarros?